Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Facebook

MARIA REZENDE
( Brasil – RIO DE JANEIRO )

Maria Rezende é carioca e tem 25 anos. Iniciou sua vida poética “dizendo” versos na escola da poeta Elisa Lucinda,
e ao longo dos anos foi criando os seus próprios.
Seu primeiro livro, Substantivo feminino, foi lançado em junho de 2004.
Ao lado do músico Rodrigo Bittencourt dirige Te vejo na Laura,  evento alternativo de poesia e música realizado na Casa de Cultura Laura Alvim. 

 

POESIA SEMPRE – Ano 12- Número 19  Dezembro 2004.  Editor  Luciano Trigo. undação Biblioteca Nacional, 2004.  216 p.  No. 10 388
Exemplar da biblioteca de ANTONIO MIRANDA



       O risco não é só um traço
É a distância entre um prédio e outro
A diferença entre o pulo e o salto

O risco é riqueza e asfalto a percorrer
Pode ser a pé
Pode ser voar
O risco é o bambo da corda solto no ar

Dentro dele cabe cálculo
Cabe medo e incerteza
Cabe impulso instinto plano

O risco é a pergunta te atacando ao meio-dia
É o preço do sonho para virar realidade
É a voz das outras gentes testando a tua vontade

Aceitá-lo é saber que não existe
Estrada certa
Linha reta
Vida fácil para frente

Mas que asa
Asa
Asa
Só ganha quem planta ano escuro do braço
Essa semente de poder voar

­­­­­­­­­­---

 

 

       Pro inferno com o amora de tardes rasas
Que dorme cedo e tem hora pra chegar

Pro inferno com o que é dúvida e se espalha
Feito ratos em bando pela estrada

Já chega de afiar faca na noite
E de aflições que vêm do berço e não tem fim
Descanso é ar no peito e uma certeza
Não é mais hora de testar limite assim

Não quero mais o alívio que redime
E cuja fonte é a mesma do terror
Os medis que carrego já me bastam
Eu sou na vida o antídoto pra dor

Pro inferno com essa festa de tristeza
Não cabe mais angústia no salão
Ação não é antônimo de calma
E o que lateja, meu amor, nem sempre é bom
 

                               ­­----

 



       No meio dos meus peitos mora o filho que eu vou ter.
      
       O buraco que tem lá foi feito por ele em mim muito
                                                        [antes de chegar.
       Desse buraco eu nasci.

       Quando ele aparecer pra mulher que eu me tornei
       é nesse buraco antigo,
       bem no meio dos meus peitos,
       que ele vai se encaixar.

       Esse filho que vai vir faz meus dentes mais macios e
                                                    [ilumina o meu olhar.
 
       Lá no fundo do buraco,
       ocupando aquele espaço,
       estão minhas dádivas mais raras:
       as doçuras que eu cultivo,
       minhas melhores palavras,
       esperança armazenada esperando ele chegar.

       O dia em que ele vier ocupar minha barriga
       é nesse sonho vivido que ele vai se aconchegar,
       até que meus peitos inchados jorrem no seu corpo
                                                                       [novo
        todo o leite abençoado que vai nos alimentar.

        Desse instante eu vou viver.


*
VEJA e LEIA outros poetas do RIO DE JANEIRO em nosso Portal: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/rio_de_janeiro.html
Página publicada em maio de 2025.

 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar